É assim...

Porque quando eu fecho os olhos consigo sentir tua presença... Porque a cada riso que me proporcionas é uma leve aventura a terra do nunca, porque quando me abraças sinto o doce aroma de te ter por perto, porque quando me beijas sinto o forte sabor da tua capacidade de me fazer feliz... Porque quando me olhas mergulho até onde não posso só pra descobrir teus maiores segredos, e escrever nas estrelas o que gosto de sentir por entre as minhas veias e a minha alma que não se contenta apenas com isso... Quero mais... Quero viver ao teu lado para te fazer feliz...
[...]
e se algum dia eu acordar desse sonho...
'Cara de anjo, instinto suicida...'
vem,
não demora,
me da tua mão,
me leva embora,
e me entorpece com os simples entardecer ao teu lado.

Foi assim

E é nesse relento que ela escreve o que escuta...
Em sua voz um tom pálido e sem vida, mas com uma ponta de paixão...
Ele a diz que é melhor assim, que a vida é feita de imprevistos, que precisamos fazer decisões imediatas e muitas vezes sem pensar...
Mas pra ela essa é a pior forma de se resolver problemas...
E ele fala as seguintes palavras, na maior calma:
“Vive tua vida sem mim... Talvez será melhor pra nós dois... Não temos porque forçar tudo isso... Só iremos sofrer e te ver sofrer é a ultima coisa que quero nesse mundo... Não quero te ver chorando, não chore eu não morri, nosso amor não morreu... Só quero que entendas que não podemos continuar juntos, porque a vida quis assim! Não tive como evitar e nem como mudar tudo o que acontece, mas tenho a certeza que um dia seremos recompensados por tudo o que estamos passando, e quem sabe ainda poderemos ficar juntos em plena paz... E com estas palavras eu me despeço de ti... Estou indo embora, pois sei que se continuar aqui não agüentarei ser somente teu amigo ou uma pessoa que conhecestes e que te abandonou... Eu te amo demais pra fazer você passar por isso... Vou, mas fica a lembrança de quem um dia se perdeu de amor por ti...”
Assim, ele desliga o telefone... Ela se joga na cama... Como dói um rompimento... Até porque ela nunca imaginara que passaria por isso com ele... Sofre por saber que ele ainda a ama, mas teve que abandoná-la... Ela sabe que ele tem os seus motivos só não entende o porque de tudo isso...
As lágrimas escorrem como a chuva em seu rosto... E lembra de tudo... E dorme, ali despida... Com uma grande dor no coração...

E se não voarmos?

-E se a gente voar pelos desfiladeiros e nos esmagarmos lá no chão?
-Calma! Segura minha mão que eu te levo!
-Mas eu não quero cair! A altura me dá náuseas! Tenho medo!
-Posso te perguntar uma coisa?
-Pode! O que?
-Você confia em mim?
-Confio, mais que tudo!
-Então, fecha os olhos, segura minha mão e relaxa!
E eles ficaram ali, parados, apáticos, sem fazer sequer um movimento! A cada instante ele apertava mais a sua mão e ela sentia sua segurança, seu poder de controle entrando por entre suas veias!
E ele pergunta:
-Estais pronta?- e ela responde:
-Mais do que nunca!
Ele a puxa, e ela cai junto com ele... Ela sente o vento batendo nos seus cabelos... Que sensação de liberdade maravilhosa! Aquilo dura apenas um segundo... Depois o escuro toma conta.

Brigas... Quem já não teve?

‘E o vento bate nas flores penduradas no jardim... A chuva se aproxima e junto com ela os raios e trovões que me atordoam... Não há guarda-chuva contra o amor... Se as gotas grandes caírem sobre minhas costas talvez me aliviarão da dor! E é apenas isso que quero... Quero poder me mexer, me sentir viva!’ Rafaela.

Hoje eu acordei pensando na mina vida e de como eu sou feliz... Afinal tenho tudo o que uma pessoa quer [pelo menos eu acho que é isso]: família, amigos, saúde e o pão de cada dia... Tudo bem, nada é perfeito... Na família sempre rola aquelas briguinhas por besteira, como por exemplo, eu e minha irmã! Somos tão parecidas que não nos ‘suportamos’! Em uma dessas brigas joguei [vai soar muito ridículo o que vou falar aqui] água da privada em cima dela... Sim, acredite... Mas, poxa, ela tinha me queimado com a panela! Não ia correr pra mamãe [como ela faz] e dizer que ela que tinha começado a briga, não é? Seria muita infantilidade da minha parte... Assim não... Defendi-me jogando a tal água [penso se não teria outro tipo de água para jogar nela, mas eu gostei de ver a cara de nojo dela quando eu a molhei]! Mas acho que foi pior... Por que ela tinha que correr pra mamãe e a mesma me botar de castigo? Mas brigas são normais... Tem aquelas que são para proteger [porque quem ama briga e cuida] e aquelas que são por besteiras mesmo...
Já disse muita coisa a minha irmã que me arrependo até hoje... Coisas que se fossem comigo me decepcionariam fundo... E que a desconfiança sempre prevaleceu... Mas quem ama perdoa... Pelo menos eu acho... E a gente sempre se perdoou pelas grosserias que nos fazemos... Hoje, quando lembramos de algumas brigas que tivemos rimos muito... Talvez por serem brigas idiotas, ou porque são engraçadas mesmo...
Mas até hoje, eu com 16 anos e ela com 24, brigamos e discutimos como nunca... Parece que não conseguimos mais viver sem essa adrenalina que é provocar uma a outra!